Sem
perceber te olhei, não com os olhos que te veem como um amigo,
Mas,
com os olhos que enxergam a beleza da sua face, o brilho ofuscado do seu olhar,
e seu sorriso espontâneo,
Sem
perceber cobicei, almejei sua presença, cobicei ouvir sua voz, sua atenção,
desejei tê-lo em meus braços,
Sem
perceber meu envolvi, deixei os olhos se cruzarem, os corpos se tocarem, deixei
minha alma levemente dançar e sonhar,
Sem
perceber abri os cadeados que enclausuravam minha veleidade, deixei livre a
ambição, o pecado,
Não
é difícil negar a verdade, não é difícil afirmar que foi irreal, que foi um
único,
Difícil
é voltar para jaula o desejo libertado!
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