Chega um momento na
vida que precisamos parar. Simplesmente parar e refletir sobre tudo que já
vivemos. Existem duas perguntas que deveriam ser respondidas quando ainda
éramos jovens: O que eu quero? E o que eu não quero? Mas, infelizmente essa
resposta só vem quando vivemos certas circunstâncias e descobrimos que “isso eu
não quero”.
Pode-se dizer que tal comportamento ocorre porque o homem
esta sempre em transformação, a dinâmica psíquica permite a todo o momento
fazermos escolhas, porém não é possível prever as consequências dessas escolhas,
e com o passar do tempo alguns comportamentos ganham novos significados. E
seriam essas escolhas ou novos significados que nos fazem sofrer?
O sofrimento é a dor de
viver que nos remete a um estado de interrupção, de uma ausência do significado
para a existência. Ele deixa conjeturar o vazio que nos atinge e que buscamos
desesperadamente evitar, por isso o sofrimento é o implacável enfrentamento com
a realidade.
Entretanto o sofrimento
assim como a felicidade incide da própria dinâmica do desejo, nada mais
inexplicável, inquietante e admirável do que o desejo. O desejo nunca se
satisfaz, não se acalma, perdura e se multiplica, nos consumindo. Todavia é o
desejo que nos sustém e nos levanta nos mantendo vivos.
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